Como tudo começou…
Já nasci viajando; lembro do automóvel Dauphine da Renault lá da década de 1950 do meu pai. De quando saíamos em família para explorar Santa Catarina e dormíamos dentro do carro estacionado à beira mar.
FOTO 2 EU E MEU PAI COM GORDINI
Como éramos três meninas pequeninhas, cabiamos deitadas no banco de trás, com sacolas cheias de roupa no espaço entre os bancos e um colchonete para improvisar uma cama. Às vezes, acampavamos no mato mesmo, mas nunca em camping. Papai não gostava muito de infraestrutura…rs Tudo era feito por ele, inclusive o banheiro com vaso sanitário e chuveiro. Ele era quase um professor pardal…
Também recordo da barraca estilo militar enorme, com um “puxadão” de várias lonas coloridas que serviam de sala e cozinha, tinha até tapete! Tudo isso deu origem ao apelido carinhoso de “trapolândia”. Lembro de muita coisa, só não de como cabia tanta “tralha” dentro de um carro tão pequenininho…
FOTO 3 BARRACA SENDO ARMADA
Aos 12 anos, comecei a viajar com minha avó paterna de ônibus, porque ela morria de medo de avião. Juntas, fomos para o Uruguai, Argentina e Paraguai. É, acho que certas coisas estão no sangue, como dizem por aí…
FOTO 4 EU MINHA VO, MAE E IRMAS
Aos 18 anos, quando comecei a trabalhar, resolvi me aventurar pelo Brasil com minhas amigas. Às vezes, ao viajarmos de ônibus, tomávamos banho nas rodoviárias. Já sabe, pouca grana é dureza…
Mas foi em 2003, quando fiz minha primeira viagem com mainha para a Europa, que tudo mudou. Nessa ocasião, visitamos algumas cidades da Espanha, como Madri, Toledo, Ávila, Sevilha, Córdoba, etc. E foi amor à primeira vista, ou melhor, À PRIMEIRA VISITA.
Amor à primeira visita: a Europa multiplicou minha paixão por planejar roteiros fora de rota
FOTO 5 PRIMEIRA VIAGEM EUROPA EU E A MAE EM CORDOBA
Entre um lugar e outro, nunca mais deixei de ir ao berço da civilização ocidental. Minha identificação com este continente está relacionada, principalmente, ao meu gosto por monumentos e sua história, seja da Idade Média (que me fascina!). Sua história, cultura, organização e estrutura perfeitas me conquistaram. Lá, eu me sinto livre, sem medo do desconhecido.
Logo, fui além das capitais e grandes cidades e decidi me aventurar “PROS INTERIOR”. Por quê? Honestamente, nem lembro, mas foi uma das melhores decisões que tomei: desbravar caminhos desconhecidos e surpreendentes, dos quais nunca me arrependi.
E lá se vão mais de 16 anos de muitos quilômetros percorridos de carro, trem, ônibus e low cost. Hoje, já visitei mais de 240 cidades em 12 países somente no Continente Europeu e mais algumas em nove países espalhadas pelo mundo, contando o Brasil, é claro.